Para consulta: Descrição dos Problemas do Processo de Engenharia de Requisitos

Engenheiro de requisitos mal capacitado:
ocorre através da contratação, ou da designação de pessoa não habilitada para o cargo de Engenheiro de requisitos, visto que para a execução das atividades do cargo com qualidade é necessário ter o conhecimento de técnicas de aquisição de conhecimento, negociação, diferenciação de requisitos corretos, ambíguos entre outros.
Planejamento impreciso:
consiste na elaboração de um planejamento incompleto, sem descrições precisas, com informações erradas. Esse problema pode ocorrer por falta de conhecimento apropriado, omissão, engano, tomada de decisões que no momento se julga como boas, mas não são, entre outros.
Confusão entre restrições e requisitos:
ocorre quando existe um mal entendimento das definições e diferenças entre restrições e requisitos, não se conseguindo diferenciá-los.
Envolvimento insuficiente do usuário:
consiste no pouco envolvimento dos stakeholders em reuniões, revisões, inspeções, suporte a dúvidas, ou seja, a falta dos stakeholders em atividades que dependem da participação dos mesmos.
Suposições erradas:
consiste na criação de hipóteses equivocadas sobre funcionalidades, opiniões dos stakeholders, entre outros.
Requisitos não rastreados:
consite no não armazenamento de informações importantes para os requisitos, como as fontes dos requisitos e a não alocação dos requisitos em seus elementos de design, arquitetura e conjunto de testes.
Requisitos inviáveis para implementação:
consiste em requisitos que, por estarem incoerentes e incompletos, impossibilitam sua implementação.
Falta de metadados:
consiste na falta de informação descritiva sobre um requisito, para informar o status e a prioridade de cada requisito. A não contemplação deste item acarreta em desatualização dos requisitos e influencia na organização do processo de desenvolvimento, causando confusão, trabalho duplicado (duas pessoas contemplando o mesmo requisito), tempo desperdiçado, entre outros.
Requisitos não verificáveis:
consiste em escrever requisitos que não são testáveis, por estarem mal especificados, ou seja, faltando informações, com informações que não fazem sentido, entre outros.
Falta de identificação:
consiste em não identificar os requisitos através do uso de códigos, números, entre outros.
Fontes dos requisitos não documentadas:
consiste em não armazenar as informações sobre a origem do requisito, como por exemplo, quem solicitou, de qual documento foi retirado, entre outros.
Perda de informação dos stakeholders:
Pconsiste em não anotar, esquecer, descartar informações ou documentos que os stakeholders forneceram para base dos requisitos.
Perda de Requisitos:
consiste em perder os requisitos, seja ocasionado por apagar o requisito consolidado e não ter maneiras de recuperá-lo ou por perda de informação.
Omissão de requisitos significantes:
ocorre por não informar algum requisito ou informação relevante, seja por esquecimento, de propósito, entre outros.
Caso de uso simplista:
consiste em escrever o caso de uso com informações muito resumidas, que se tornam inúteis, deste modo não contribuindo para o desenvolvimento do sistema.
Utilização inadequada do caso de uso:
consiste na utilização do caso de uso em atividades que os mesmos não são apropriados, como usar na especificação de requisitos, sendo que foram projetados para identificação de relacionamento e análise.
Documentação muito curta:
consiste na confecção de uma documentação muito resumida, ficando assim, incompleta e sem sentido para outros leitores, não sendo de grande utilidade para os envolvidos.
Ambigüidade:
ocorre quando termos utilizados nos requisitos causam dúvida, dupla interpretação, acarretando em confusão, retrabalho, implementação errada, entre outros.
Falta de coesão:
consiste na falta de uma relação harmoniosa entre os pensamentos e as idéias apresentadas em um texto sobre um determinado assunto, ou seja, refere-se à não seqüência ordenada das opiniões ou fatos expostos.
Incompleteza dos Requisitos:
consiste na falta da declaração de dados ou informações que são relevantes aos requisitos.
Inconsistência:
ocorre quando os requisitos possuem informações incoerentes, incompletas e ambíguas.
Falta de declaração do resultado nos requisitos:
consiste na não declaração do resultado esperado com a implementação do requisito.
Requisitos irrelevantes:
consiste em requisitos que não possuem relevância para o sistema que está sendo construído, ou seja, não faz diferença se for implementado ou não.
Requisitos não refletem a necessidade do usuário:
ocorre quando se especifica os requisitos desejáveis e não os requisitos essenciais; deste modo não suprem a necessidade do usuário.
Métodos não suprem as necessidades do projeto:
ocorre quando se utiliza métodos incompletos no processo da ER ou que não atendem as necessidades da equipe.
Falta de restrições:
consiste em não declarar ou impor as restrições do projeto.
Falta de requisitos estáveis:
ocorre quando os requisitos continuam sendo alterados frequentemente no decorrer de todo o projeto. Causa retrabalho, confusão e desorganização.
Especificação mínima:
consiste em declarar os requisitos de forma resumida. Deste modo a especificação fica incompleta e sem sentido para outros leitores, não sendo de grande utilidade para os envolvidos.
Descrições tortuosas:
consiste em requisitos que possuem informações incoerentes, confusas, entre outras.
Descrições longas e desnecessárias:
consiste em descrições de requisitos muito longas, ficando assim, difícil de entender por conter muitas informações e desnecessárias para o requisito.
Informações duplicadas:
consiste na declaração ou escrita da mesma informação duas vezes, no mesmo documento.
Uso inapropriado de jargões técnicos:
consiste na utilização de termos técnicos na declaração dos requisitos, dificultando o entendimento dos requisitos por leitores leigos, como o usuário do sistema.
Desatualização:
consiste em não atualizar os requisitos quando ocorrem alterações.
Falta de obrigatoriedade:
consiste em não impor o requisito; deste modo, fica a caráter da equipe decidir se implementa ou não o requisito.

Para consulta: Descrição dos Erros Humanos

Perda de informação
Ocorre quando as informações não são anotadas, memorizadas, gravadas ou registradas formalmente, pode acontecer pelo não fornecimento de atenção necessária, esquecimento ou por omissão.
Desvio do caminho normal da atividade
Acontece quando o indivíduo, por falta de atenção e/ou omissão, segue um caminho não planejado na realização da atividade. *Exemplo: perder o foco na reunião, utilizar atalhos na interação com o computador, entre outros.
Confusão
Consiste no estado mental de um indivíduo que não consegue ter discernimento; realiza erroneamente os atos; troca significados e sentido de dados e informações; se engana com significados de palavras ou conceitos.
Reversões
Consiste em inverter a ordem dos termos de uma proposição para obter uma proposição nova com outro sentido. *Exemplo: devemos comer para viver, e não viver para comer.
Omissão
Ocorre quando o indivíduo deixa de fazer alguma ação, seja consciente ou por esquecimento. *Exemplo: não perguntar algo que julga importante.
Registrar dados errados
Ocorre quando o indivíduo anota: dados distorcidos e que não fazem sentido. Acontece por falta de atenção ou por omissão.
Registrar informação incompleta
Acontece quando o indivíduo não anota ou não memoriza informações em um nível de detalhe suficiente para o posterior entendimento, ou seja, anota informações muito resumidas que não fazem sentido ou faltando dados.
Dar sentido ambíguo à informação
Consiste na duplicidade de sentido na construção sintática, fazendo com que o entendimento seja impreciso, incerto e com equívocos.
Repetição
Ocorre quando o indivíduo repete informações e ações, por não fornecer a devida atenção ou por esquecer que já havia mencionado ou realizado.
Utilizar formas de comunicação inadequadas
Ocorre quando o indivíduo utiliza maneiras inadequadas para transmitir uma informação. *Exemplo: (1)o Engenheiro de Requisitos utiliza o telefone para convidar o Stakeholder formalmente para um workshop; (2)Em uma reunião para conferir os requisitos, o Engenheiro de Requisitos não imprime o documento de requisitos, não envia previamente para os Stakeholders, não utiliza recursos como projetor para que os participantes não se percam na lista de requisitos.
Falta de feedback
Ocorre quando o indivíduo não apresenta uma resposta a uma ação. *Exemplo: (1) o Stakeholder envia uma lista de pendências para o Engenheiro de Requisitos que não responde se recebeu e qual providência irá tomar; (2)Enviar um email marcando uma reunião, o Stakeholder confirma e pergunta o horário da reunião e o Engenheiro de Requisitos não responde.
Não priorizar
Ocorre quando o indivíduo não seleciona as informações, ações ou os requisitos mais importantes que devem ser contemplados de imediato. Acontece por falta de atenção, omissão ou esquecimento.
Não rastrear
Ocorre quando o indivíduo não verifica e não armazena o histórico das informações sobre a origem dos requisitos. Acontece por falta de atenção, omissão ou esquecimento.
Não verificar todas as fontes de informação
Ocorre quando o indivíduo não checa todas as fontes de informação disponíveis que serão importantes para certificar que o requisito está correto e de acordo com as necessidades dos Stakeholders. Acontece por falta de atenção, omissão ou esquecimento.
Não classificar
Ocorre quando o indivíduo não organiza as informações ou requisitos de acordo com assuntos, módulos ou prioridades. Acontece por falta de atenção, omissão ou esquecimento.
Descartar informações
Ocorre quando o indivíduo exclui informações, por julgar que não são interessantes, por esquecimento de sua utilidade ou por omissão.
Tomar decisões errôneas
Consiste na escolha errada de solução de um problema, metas, metodologias e ação a ser executada. Acontece por falta de conhecimento, falta de atenção, omissão e esquecimento de informações.
Percepção inadequada
Consiste no ato de notar de forma inadequada alguma ação, objeto e/ou fato. Quando não ocorre a percepção de forma adequada se dá uma distorção de fatos, ocasionado por falta de atenção, por falta de conhecimento ou por associação a conhecimentos prévios. *Exemplo: ver uma caixa no formato de um violão e pensar que existe um violão dentro, mas na verdade existe uma guitarra.
Interpretação errônea
Consiste no entendimento errado de alguma informação, conceito, fato, pode acontecer por falta de atenção, falta de conhecimento, omissão ou esquecimento de informações e pode levar ao julgamento errôneo de alguma situação. *Exemplo:ao fazer um bolo, interpretar o item “colocar um ovo inteiro” de forma errônea e colocar o ovo com casca e tudo na massa.
Falta de coesão
É a falta de uma relação harmoniosa entre os pensamentos e as idéias apresentadas em um texto sobre um determinado assunto; ausência de uma seqüência ordenada das opiniões ou fatos expostos.
Aplicação errada de uma regra
Consiste na aplicação equivocada de uma regra, acontece por omissão, falta de atenção ou falta de conhecimento.
Aplicação de uma regra ruim
Consiste na aplicação de uma regra ruim, decorrente da interpretação errônea, diagnóstico errado ou falta de conhecimento.
Aplicação de uma boa regra, mas inadequada ao cenário em questão
Consiste na aplicação de uma boa regra, mas não no local adequado, decorrente da interpretação errônea, diagnóstico errado ou falta de conhecimento.
Não aplicação de boa regra
Consiste em não colocar em prática uma boa regra, seja por falta de conhecimento, omissão, esquecimento ou falta de atenção.
Erro de perda de ativação
Acontece quando se esquece parte do ato e se executa o resto, como, esquecer o objetivo de uma ação. *Exemplo: (1) Iniciar uma reunião com o Stakeholder e esquecer qual assunto iria abordar durante a reunião; (2)Ir até o quarto pegar algo, mas não lembrar o que foi buscar lá.
Erro de descrição
Ocorre quando se realiza a ação correta com o objeto errado. *Exemplo:(1)Fazer um levantamento de informações sobre "Transportes ferroviários" sendo que era para fazer sobre "Transportes aéreos; (2)Tirar a roupa suja e ao invés de colocar no cesto de roupa suja, colocar no vaso sanitário;
Erro com base em dados
As atividades com base em dados podem introduzir-se numa sequência de ação em curso, resultando em um comportamento que não era pretendido. *Exemplo:(1) discar número do quarto do hotel, ao invés do número do telefone da secretária que usa com freqüência e sabe de cor; (2)Ao conversar com uma pessoa e assistir tv ao mesmo tempo,
Erro de ativação associativa
Ocorre quando acontece associação errada de ações similares. *Exemplo: (1) Uma pessoa está cozinhando, esta possui um alarme em sua cozinha para avisar quando algo já está assado. (2) Ao tocar a campainha da porta ao invés de abrir a porta, a pessoa vai até a cozinha e desliga o fogo; (3) pensar algo que não deveria dizer e então você diz.
Erro de Captura
Ocorre quando uma atividade desempenhada com muita freqüência subitamente assume o comando da ação que se pretendia e tinha a intenção de executar.